A empresa sueca de telecomunicações Ericsson lançou nesta terça-feira, 19/11, a nova edição do Networked Society City Index, estudo que avalia o grau de maturidade do uso da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) em 31 metrópoles globais, incluindo São Paulo.
O estudo, que é realizado desde 2011, tem como objetivo medir a performance das cidades cruzando dois indicadores: a maturidade do uso da TIC e o desenvolvimento urbano sustentável baseado no que a empresa chama de "triple bottom line" (ou resultado final triplo) - evolução econômica, social e ambiental.
A proposta é provar que há uma relação direta possível entre a maturidade da TIC e a evolução da vida nas cidades e as notas para compor o ranking foram obtidas a partir do cruzamento dos dois indicadores. Cada indicador é dividido em três dimensões que por sua vez se ramificam em algumas variáveis. No caso da maturidade de TIC as dimensões são infraestrutura, acesso e uso.
Para o Triple Bottom Line são levados em conta indicadores como saúde, educação, inclusão social, poluição, mudanças climáticas, produtividade e competitividade. Na edição deste ano, as três cidades com maior índice de maturidade foram, respectivamente, Estocolmo, Londres e Singapura. São Paulo ficou em 17o lugar na lista.
Na avaliação de TIC o relatório incluiu em 2013 aspectos como 4G, open data, transações eletrônicas e usos mais avançados da tecnologia da informação e telecom. A capital da Suécia ficou em primeiro lugar no ranking por conta de sua infraestrutura de TIC, larga penetração de smartphones, uso intensivo da tecnologia e conexões de alta velocidade, que foram pareados com iniciativas de desenvolvimento e inovação das áreas urbanas tendo a TIC como recurso central viabilizador.
Já São Paulo ficou no meio do caminho, em 17o lugar, com pouco mais de 50 pontos para os dois indicadores, abaixo de cidades como Moscou (16o lugar), Sidney (14o lugar) e Miami (12o lugar). A cidade no entanto é a primeira na fila das metrópoles da América Latina incluídas no ranking, ficando acima de Buenos Aires (21o lugar), Cidade do México (23o lugar).
Patrik Regårdh, líder do Networked Society Lab da Ericsson explica que a empresa acredita que a TIC "acelera de forma significativa as interações entre vários elementos das cidades, tornando-as mais intensas e com melhor relação de custo/benefício. O resultado é a revitalização do desenvolvimento econômico da cidade".
Segundo a Ericsson, a tecnologia precisa ser vista como uma plataforma de colaboração em atividades de intensa troca de conhecimento entre empresas, setor público e cidadãos. Isso habilita empresas e instituições a compartilhar recursos de forma eficientes e oferecer serviços que não conseguiriam prover de forma independente.
Regårdh vai mais além ao advogar que é possível pensar em colaboração entre cidades, usando por exemplo plataformas de dados abertos. "Uma solução de open data poderia, por exemplo, permitir que serviços de informação sobre transportes públicos funcionassem não só em Miami, mas em Jacarta ou na Cidade do Méximo. A vida de turistas e visitantes seria profundamente facilitadas, mas também economizaria recursos de infraestrutura para as cidades, uma vez que elas poderiam escalar uma mesma solução".
O estudo Ericsson Networked Society City Index foi anunciado no final do evento NEST - Networked Society Forum, um Think Tank promovido pela companhia para discutir a evolução da vida nas cidades e que foi realizado esta semana em Miami.
FONTE: http://idgnow.uol.com.br/internet/2013/11/20/novo-indice-de-cidades-conectadas-da-ericsson-mede-maturidade-de-tic/
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